segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Algumas horas de angústia...

Sábado senti uma angústia que não sentia há algum tempo. Por coincidência, logo após ter escrevido sobre minha impotência diante das coisas.
Como eu estava muito doente no sábado, não fui trabalhar. Como não estou mais na mesma loja que o meu marido, a nova gerente, que não sabe da adicção dele, fez o pagamento do que restava para ele receber. Eram só R$ 20,00, mas o suficiente para ele não voltar para casa após o expediente. Quando a proprietária soube do ocorrido, me ligou na mesma hora para me avisar. Nesse momento, lembrei de uma recaída que ele havia tido nas mesmas circunstâncias: eu doente, em casa, sem aguentar sair. Ela perguntou se não daria para eu encontrá-lo, mas eu mal conseguia levantar da cama. Também disse que ainda faltava dar a ele a premiação por ter batido a meta e passado, e perguntou se eu liberava o pagamento. Não liberei. Fingi uma tranquilidade que passava longe de mim naquele momento. Pedi a Deus, várias vezes, que não me deixasse passar por isso novamente.Tentava ficar mais calma dizendo para mim mesma, toda hora, que o RioCard dele estava zerado. Mas lembrava das vezes que ele andou quilômetros para voltar para casa. Nada me acalmava.
Um tempo depois, ele me ligou dizendo que queria saber se eu não deixei darem a premiação a ele e confirmei. Mas já estava com medo e pensei que essa minha atitude podia piorar a situação, já que ele poderia pensar em me mostrar, da pior forma, que sou impotente. E ele citou essa observação na ligação.
Para piorar a situação, minha sogra havia chegado da casa do sobrinho e, se eu não disfarçasse meu nervosismo, ela ia me encher de perguntas, o que me deixaria pior.
Quando foi umas 20:40hs, ele ligou dizendo que estava vindo para casa. As horas passaram e nada dele. Quando foi 22:15hs, ele ligou do celular de um dos nossos colegas, avisando que estava sentado com eles batendo um papo e tomando refrigerante, mas que iria embora naquele momento. Ainda angustiada, pensava: "tantas vezes ele falou que estava vindo ou que já estava chegando e só chegava de manhã".
Meia hora depois ele apareceu. Aí, consegui respirar. E, para minha surpresa, ele não estava com R$ 20,00, mas com R$ 40,00!!! E alegre por ter comprado um óculos escuro...rsrsrs.
Fiquei muito feliz! Como nossa situação financeira melhorou um pouco, pedimos uma pizza, o que não fazíamos há um bom tempo.
Depois, ele me disse que quando nos falamos no telefone e eu confirmei que não deixei darem a premiação a ele, ele pensou em usar drogas, por vingança. Mas pensou mais ainda que não valia a pena. Afinal, ele seria o maior prejudicado.
Aos poucos, estamos retomando nossa vida. Hoje, fomos ao mercado e compramos não só o que é necessário, mas também algumas coisinhas supérfluas que gostamos de comer e eu não estava em condições de comprar.
Mesmo com o tempo frio, ele não deixou de ir a reunião. Nesse momento, ele está lá... eu espero. Admito que, mesmo sabendo que ele está sem dinheiro e sem o RioCard, eu ainda fico angustiada, ansiosa para que ele chegue.
Tenho que pensar que, SÓ POR HOJE, ele dirá não as drogas.
Fiquem com Deus!

5 comentários: